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27 janeiro, 2008

I can change the World with my own two hands?



A Cimeira da Terra - Rio de Janeiro 1992


A Conferência das Nações Unidas para o Ambiente e Desenvolvimento, comummente designada por Cimeira da Terra, é realizada no Rio de Janeiro em 1992 e constitui um importante evento histórico, que reúne líderes de diversos países do Mundo para discutirem a crise global do ambiente.
Os cenários apresentados eram desoladores: a queima e o abate indiscriminado das florestas tropicais, o aumento tremendo do ritmo da extinção das espécies, o envenenamento do ar, da água, dos solos, o aquecimento global... entre outras, são manifestações de uma crise ambiental, que resultam do potente embate provocado pela civilização no sistema ecológico da terra. Essa crise assenta em três colossais alterações, que resultam da relação do homem com a natureza, com repercussões no futuro do planeta:

- a explosão demográfica (a população cresce, actualmente, o equivalente à população da China, todos os dez anos)

- a revolução científica e tecnológica (aumento da capacidade do homem em manipular a natureza, provocando impactos incalculáveis)

- alteração da relação do homem com o ambiente (assunção de hábitos da vida moderna, sem questionar as suas correspondentes consequências futuras.

A Cimeira ao mesmo tempo que expõe os pontos nevrálgicos da crise ambiental, lança as bases para a alteração das políticas em todo o Mundo, com intuito de travar a destruição do ecossistema do planeta. Deste modo, é elaborado e aprovado um programa global, denominado Agenda 21, que intenta regulamentar o processo de desenvolvimento com base nos princípios da sustentabilidade.

Destaca - o progresso económico futuro depende da implementação de políticas que fomentam a protecção do ambiente e a defesa dos recursos naturais

Para incrementar a reflexão pergunto:

É possível dissolver a relação paradoxal entre desenvolvimento económico e sustentabilidade ecológica?

A UNIMEIO (Universidade Livre do Meio Ambiente, Rio Grande do Sul, Brasil) responde:

Proposição da UNIMEIO (Brasil)


Tudo será possível desde que nos fixemos a dois importantes princípios:
- primeiro: mudança radical de pensamentos e condutas por parte daqueles que utilizam-se dos recursos naturais sem se preocuparem com a renovação destes;
- segundo: que comecem efetivamente a acontecer tragédias ambientais com saldo moral gravíssimo para os envolvidos.

No primeiro caso, julgamos que o momento é este – é hoje – pois já estamos próximos do ponto de não retorno. Se houver este despertar que almejamos (e espera o Planeta) cujos resultados sejam ações concretas, eficazes e éticas. Em acontecendo esta reciclagem de idéias e condutas, então será possível revertermos o quadro crítico em que se encontra a vida na Terra.

No segundo caso – mediante um alto custo moral – pode acontecer que os governos decidem assumir de vez a responsabilidade em tomar atitudes rígidas contra os “devastadores ambientais” e puni-los exemplarmente. Hoje, infelizmente, a corrupção nos governos em todo o mundo, as vantagens advindas destas atitudes antiéticas e a defesa dos interesses dos grupos financeiros, não permite que se faça cumprir as poucas leis existentes.

Mesmo assim – que as tragédias movam os governantes – temo que então seja tarde para este despertar. Todos sabem que após chegarmos ao ponto do não retorno, nada mais poderá ser feito (ou pelo menos, não adiantará mais fazer qualquer ação).

Assim ao apresentar nossa proposição, sugiro aos governantes que tomem uma atitude de coragem e grandeza humana, punindo exemplarmente os crimes ambientais.
- Que os governantes deixem de fazer de conta que estão interessados em resolver o problema, quando se sabe que só lhes interessa é o desenvolvimento a qualquer preço, e assumam uma postura ética e de elevada conduta moral;
- Que seja eficaz e ética a fiscalização no cumprimento das leis e que novas determinações sejam tomadas em defesa das condições de vida;
- Que a ONU crie um Tribunal Internacional para julgar e punir com rigor os crimes ambientais, obviamente sem distinção;
- Que os interesses pessoais ou de grupos, deixem de ser prioritários e que passe a vigorar os interesses da maioria e do próprio Planeta;
- Que passe a ser mais concreta a governança ambiental em todo o Planeta, com a participação de cientistas e ambientalistas, nas tomadas de decisão dos governos;
- Que a imprensa deixe de ver apenas as possibilidades comerciais de patrocínios (para seus veículos) e passe a ver a necessidade de juntar-se integralmente nesta luta que é de todos.

Para iniciar o debate, deixamos essas reflexões e colocamo-nos ao dispor para seguir o debate.

Saudações Ambientais


Prof. Antonio Paulo Estrázulas
UNIMEIO (Brasil)

Imagem extraída de: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente/capa.jpg

26 comentários:

Angela Ursa disse...

Fátima, esta questão é muito importante. No Brasil, estamos vivendo um sério problema relacionado ao desmatamento da floresta Amazônica provocado pelos produtores rurais de lá. A Ministra do Meio Ambiente está querendo tomar medidas drásticas em relação a isso, mas já está havendo entraves em relação a isso. Beijos floridos da Ursa

Angela Ursa disse...

Fátima, muito obrigada também pelo destaque que você deu ao meu blog :)) Beijos!

Desambientado disse...

O post é extremamente pertinente. Pode levar-nos s duas situações paradoxais: baixar os braços ou arregaçar as mangas e sonhar. Para isso são precisas muitas mãos e não apenas duas ou quatro.
Se por um lado podemos sentir-nos cápticos quanto ao futuro, por outro, podemos sonhar alto e ser utópicos. Os primeiros passoa tem que ser dados antes que a terra se livre de nós.

Bom fim de semana.
Desertos e desertificação, garadecem a nomeação. Fiquei a saber que há pelo menos uma leitora conhecida nesse blog.

Jorge Moreira disse...

Querida Fátima,
Foi com imensa alegria que recebi a notícia do teu regresso e obrigada pela tua escolha.
Como já deves ter reparado, estou agora muito mais envolvido nas questões relacionadas com o Ambiente darei o meu contributo para salvar este Maravilhoso Planeta.
Beijinhos e até sempre,
Jorge Moreira.

soslayo disse...

Fátima:

Vou-te responder com algumas afirmações minhas que são as seguintes: "quando vou deixar o lixo na 'casa do lixo' fico verdadeiranmente chocado com o que lá vejo, embora aqui na minha cidade seja obrigatório a separação de lixos, ou seja, plásticos, papel e lixo orgânico. Verifico com tristeza que ainda existem pessoas que nem sabem onde deitar o quê no contentor respectivo! Não há dúvidas que tem que haver uma discussão alargada a nível mundial para sensibilização do que é lixo orgânico e inorgânico. E, aí é que está o dilema é por que, cito o exemplo um simples pacote de leite daquelas embalagens Pack creio eu que é assim que se diz, é constituído por diversos materiais a saber: um laminado por dentro e um papelão por fora. Ora diz-me lá onde cabe e em que contentor este lixo!? Mas, ainda bem que já existe uma maior abertura por parte das pessoas para estas matérias e começam a colaborar, mas não chega como bem dizes mas, já é um passo importante. Acontece que não falámos noutro tipo de lixo que começa a apoguentar o mundo nomeadamente as pilas baterias) e os restos de materiais informáticos. Tudo isto, requer um grande esforço mundial de elucidação das pessoas pois nem todas têm acesso à informação que a maioria dos bloguistas têm! Não só os Governantes reunidos resolvem as situações mundiais. Depois há de haver todo um trabalho de comunicação aos seus concidadãos do que se tratou nessa reuniões como por exemplo a de Quioto e esclarecimento dos mesmos. Um beijo.

João Soares disse...

Querida Fátima
Fiquei muito contente e muito obrigado pela tua escolha.
Por falares em mãos e Ben Harper, creio que terás visto a minha postagem "Mãos" : http://bioterra.blogspot.com/2007/11/mos.html
Um beijinho
João

Berro d'Água disse...

Se eu fosse a terra, iria querer me livrer com a máxima rapidez desses humanos desalmados que só sabem destruir e destruir... Afinal, comprovadamente os humanos são os mais destruidores de todos os bichos e os mais nocivos. Não fazem a menor falta ao meio e se não sabem se portar, terão mesmo o que estão pedidno a muito e que a tadinha da terra passa relevando...

Muitos beijos também pra ti, Fatinha e é muito bom te ter por perto!!! Dá beijinhos da Xiquinha que eu mando!!!

Até mais!!!
Cris

Desambientado disse...

Vizitinha de fim de semana.

Bom Domingo.

Félix

Aprendiz de Viajante disse...

Obrigada pelo prémio. Tenho andado muito ausente da blogosfera, embora actualiza de vez em quando o Aprendiz. Gostei de saber de ti, que continuas activa e a defender boas causas.

Um bjo grande para ti.

Berro d'Água disse...

Adorei isso que tu deixou lá no Desambientado...

"Gosto de cumprimentar com um sorriso sincero! Tb sou do tempo desse cumprimento "Haja saúde!" Tempo de vida precária, bens escassos, doenças numerosas... os desejos de "Haja saúde" entoavam pelos campos em jeito de reforço e desejo de efectivo bem-estar para todos. Elos de boa vontade repercutiam-se e uniam-se em força ao redor de um bem que se queria colectivo.
Agora, já não ouço essa expressão, com certeza a escassez "estomacal" desapareceu... talvez tenha dado lugar à escassez de alma! Quem sabe!
Gostei muito do post, pertinente e potente.
Resto de bom fim de semana".

Muito BOM!!!

Haja saúde!!!
beijos,
Cris

Desambientado disse...

O video é fantástico. Desconhecia. Relaxante, excepto na parte dos corcodilhos que me assustam um pouco e no futuro que nos espera....

Bom fim de semana.

Berro d'Água disse...

Vou fazer alguma coisa pelos 5 minutos de escuridão total... Sempre gostei do escuro... É quando o céu fica mais lindo; quando as estrelas cintilam mais e quando a gente passa a perceber melhor o que a luz excessiva é capaz de ofuscar...

Um lindo final de semana pra ti também!!! E beijo na Xiquinha!!!

Beijo,
Cris

Desambientado disse...

Espero não me esquecer do dia 29.
Pelos vistos já existem três pessoas que participarão: Eu tu, e a Cristina. Mais virão certamente.

Bom fim de semana.

Desambientado disse...

Lá entrei no apagão, mas nem mais uma luz na minha rua se apagou. Por aí foi igual?

Bom fim de semana.

Desambientado disse...

Vim só desejar boa semana, já que no Domingo não estava cá.

Desambientado disse...

O trabalho tem avançado?

Desambientado disse...

Agradeço e retribuo os votos de uma excelente Páscoa, com energias renovadas.

Desambientado disse...

Visita de fim de semana.... para desejar bom descanso.

Desambientado disse...

Visita tardia, após um molho com gripe e uma semana fora de trabalho. Espero que estas menos tensa.

Desertos e Desertificação disse...

Já soube que entregaste....

Bom fim de semana.

Desambientado disse...

Deixei-te um sêlo sem qualquer obrigação.
Bom Domingo.

Anónimo disse...

Sou aluno da agronomia e cada vez mais me apaixono pela área de meio ambiente!

Obrigado por trazer informações tão preciosas!

Um abraço!

Abdul

O saber não ocupa lugar! disse...

Olá!

Acho este blogue é excepcional, fala de aspectos muito importantes que cada cidadão deve ter em conta para o Ambiente.
Espero a sua visita no meu blogue e seus comentários (opiniões, sugestões, críticas construtivas, etc). Lá encontram-se postagens sobre possíveis sugestões de leitura, entre outros temas à sua disposição.

Belinha.

País Ideal - New Country for XXI Century disse...

agradecemos qualquer sugestão que nos possa dar para melhorar o nosso projecto.

newcountryforXXIcentury.blogspot.com

Correio Do Campo disse...

Olá pessoal.. visitem meu blog.. tenho um artigo sobre meio ambiente e artesanato sustentavel..
O endereço é

Postem lá seus comentários.. Ficarei muito feliz em ler a opinião de vocês..

Abraços...

Thiago disse...

Uma nova linguagem musical da Amazônia para o mundo.
A Música Universal das Linguagens (baseada nas vocalizações dos animais - Sem plagiá-los) é um pequeno ramo da “Música Transmórfica". A Música Transmórfica, foi criada pelos compositores paraenses, Albery Albuquerque e Thiago Albuquerque que se manifesta sobre, através e além das formas percebidas e não percebidas pela consciência humana. Este novo e gigantesco sistema musical transmórfico, trabalha com a simultaneidade entre arte e ciência.
Quem estiver interessado em conhecer essa nova música, ou quiser ouvir alguma conferência, ou audições comentadas (que como já dissemos, tem uma de suas vertente que é essencialmente ecológica e ambientalista) entre em contato pelo nosso e-mail: guirapuru@gmail.com

Links que demonstram a música transmórfico em nível ecológico e ambientalista:
http://www.youtube.com/watch?v=Yty2_aAMcGw

http://www.youtube.com/watch?v=VVXeIcHpQZA

http://www.youtube.com/watch?v=6HAeYagbka8

http://www.myspace.com/alberyalbuquerque